A 20 de Agosto, um dia quente em São Paulo transformou-se numa noite fria — que chegou antes do pôr do Sol. Uma frente fria encontrou-se com a fuligem das queimadas provocando um "fenómeno óptico que escureceu o céu", explicou Carlos Nobre, especialista da Amazónia, ao jornal brasileiro Globo. Os ecossistemas da floresta amazónica são os mais afectados pelo aumento do número de fogos no Brasil: mais de 72 mil focos de incêndio contabilizados até domingo, um aumento de 82% em relação ao ano passado. Apesar do clima estar mais seco do que em 2018, a maior parte dos incêndios é provocada por acção humana, "seja acidental ou propositada", apontam os investigadores citados pela imprensa brasileira. "A culpa não é do clima, ele só cria as condições, mas alguém coloca o fogo”, afirmou Alberto Setzer, ao Estadão.
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