Na semana passada foi o X. Não chegou a casa a dizer que o sabia ou que já o tinha aprendido. Soube-o porque um dia, quando a fui buscar, naqueles minutos em que estamos sozinhos antes de chegarmos à escola da irmã, a ouvi a falar sozinha, baixinho: “Xa-vi-er. Xai-le. Xi-lo-fo-ne.” Eu não disse nada, nessas alturas a Carolina gosta de estar absorta no mundo dela e já aprendi que é melhor entrar em contexto e introduzir o tema de forma ligeira do que lançar a pergunta. “Então hoje aprendeste o X na escola?” não é abordagem mais eficaz. Ela logo o dirá, mais hora menos hora. Quando quiser. Ter filhos é também isso: ver os sinais e o espaço deles. E respeitar ambos. Com todas as letras.
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